quinta-feira, 3 de novembro de 2011

TRÊS MARCAS FUNDAMENTAIS DA LIDERANÇA CRISTÃ

Três marcas do verdadeiro líder

                Todo líder reúne características peculiares que são encontradas em várias pessoas mas que nele encontraram expressão e sentido. Dentre essas características há com certeza as técnicas de falar e de se relacionar, o conhecimento diferenciado, o talento nato que dão certa força ao líder. No entanto, não é nestas habilidades que ele encontra o segredo de sua influência.  
Por exemplo, no futebol nem sempre o capitão é o melhor jogador nem mesmo o goleador, nem o que fala mais, o mais bonito ou o mais talentoso, mas o que consegue motivar a equipe. No tricampeonato de 70, embora tenha na seleção brasileira jogadores como Rivelino, Jairzinho e até Pelé, nenhum deles foi o capitão, o líder, mas Carlos Alberto Torres, que marcou somente 9 gols em sua carreira na Seleção.
Quando pensamos na Igreja, não são os mais talentosos e capacitados que Deus usa ou coloca para serem os líderes, embora muitos ministérios escolham por esse critério. É do ser humano isso; mas também, é do ser humano escolher marcas menos “visíveis”, mais experimentadas. é sobre isto esta reflexão. Quais marcas na liderança cristã influencia mais? Vejamos as três marcas mais importantes da liderança cristã.
Serviço. Como todo líder em qualquer instância humana, ele deve iniciar sua influência sobre as pessoas servindo-as. Esta é a principal marca do ministério de Cristo: ele veio para servir e não ser servido.
Exemplo. Ser exemplo na maneira de agir, no caráter e no serviço, mas principalmente, na visão da vida. O líder carrega, guia e conduz as pessoas não pelo grito ou pela voz, mas pelo exemplo. Seu exemplo de ser humano, em humildade e altruísmo, é que faz com que as pessoas olhem para ele e digam: quero estar onde esse cara está! O apóstolo Paulo, um dos homens mais poderosos no serviço que já existiu proclamou:  sede meus imitadores...!
Amor a Cristo. Ninguém pode ser um líder na casa de Deus se seu amor a Cristo não for absolutamente evidente, visível e real na vida das pessoas. As pessoas devem ver no líder alguém que ama a Deus e morreria por Jesus. Alguém que trás em si as marcas do sofrimento de Cristo, alguém que considera tudo no mundo desprezível e de pouco valor diante do tesouro inaudito e inigualável da presença de Jesus. Os irmãos morávios, que impactaram o ministério cristão após a Reforma, ao se entregar como escravos no trabalho missionário, proclamavam: “Pelo Cordeiro e por amor aos seus sofrimentos!”
Edson  Dorneles de Andrade
Novembro 2011
Desafie-se: encontre as bases bíblicas desta reflexão!

"Plágio é crime!!! Mas será que é pecado?..."



sábado, 3 de setembro de 2011

Pregação que se transforma em estudos: profetismo

PROFETAS NA BÍBLIA


Pregação 2010. Estudo Dirigido 2011
Edson Dorneles de Andrade


PARTE I


I.       TERMOS PRIMITIVOS PARA A PALAVRA “PROFETA”
a)      A palavra grega PROPHETES, da que derivamos a palavra profeta, é um termo muito difuso, flexível.
·  Phetes = denota a aspecto de falar;
·  Pro = quer dizer falar, predizer ou somente proclamar algo
Um profeta pode ser alguém que prediz, proclama
b)      Quando vemos o Antigo Testamento em hebraico, descobrimos que o termo profeta tem um sentido mais amplo:
·         nabi — pessoa chamada por Deus
  • ebed — servo
Assim, os profetas desempenharam funções especiais no reino físico de Deus no AT.
  • ro´eh — vidente (II Samuel 24)
  • hozeh vidente ou observador
Os profetas são chamados videntes porque lhes foi dado o privilégio de ver os lugares celestiais.
  • shomerum “vigilante”, alguém que está de guarda;
Os profetas vigiavam os inimigos enquanto esperavam a aproximação e revelação de Deus, em bênçãos ou juízo.
  • mal'ak — mensageiro
  • ish-Elohim = homem de Deus
Os profetas recebiam mensagens de Deus e as comunicavam como urgentes da parte de Deus. Eles eram chamados de videntes antes da era dos reis de Israel.

II.    4 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO PROFÉTICO.

a.    Pré-Monárquico
Havia poucos profetas durante este tempo. O termo navi se usava para designar uma variedade de pessoas fazendo muitas coisas.
     B.        Monárquico
Nunca houve profetas como nesta época da Bíblia! Deus deu profetas para focar o trabalho dos reis, a assegurarem que fossem obedientes a Deus e à lei. Deus também os enviou para testificar e punir contra a desobediência dos reis e dos líderes. Trabalho específico.
(Dan. 9:6)
C. Exílico
            No ano 722 A.C., Samaria, capital do reino do norte de Israel caiu ante os Assírios. E no ano 586 A.C. Jerusalém caiu ante os Babilônios. Por causa disso, houve uma grande diminuição dos profetas. O trabalho voltou a ser diverso e raro.
D.  Pós-Exílio
            Não apareceram muitos profetas nesta época. Aqui voltaram a desempenhar, aos poucos, um papel mais formal no meio do povo. Iniciaram vigiando os líderes...

Esses desenvolvimentos nos indicam o contexto da principal preocupação da mensagem profética.

III. Expectativas a respeito do trabalho profético

a)   Modelos Populares
Por toda a história a interpretação, tanto os judeus como os cristãos têm entendido o papel dos profetas de diferentes maneiras
§  Médiuns: Muitos estudiosos têm comparado os profetas do AT como os médiuns de outras culturas.
§  Adivinhos: outra ideia popular é que fazia dos profetas pessoas que prediziam ou eram adivinhos.
§  Modelo de Pacto: o modelo de pacto é o mais compreensível do AT.

Esses modelos funcionavam bem, mas estavam pouco comprometidos com o contexto histórico e teológico da função.

b)   Entendimento Contemporâneo
§   O AT frequentemente descreve a relação de Deus com Deus de maneira bastante igual aos tratados pelos políticos do mundo antigo.
§  Os profetas serviram como emissários de Deus, ou fiscais do Seu pacto. Eles receberam suas mensagens desde o trono do Imperador Divino, e o Imperador divino fala com sua nação, seu povo na Terra.


CONCLUSÃO: Perguntas importantes:

1)                  Conhecer os termos originais nos ajudam a entender a função de um profeta?
2)                  Quais são as características do trabalho profético antes do período monárquico? E no período Monárquico?
3)                  Quais as diferenças da função profética antes, durante e depois do Exílio?
De que forma Isaías 6 ilustra o modelo do pacto de um profeta?


PARTE II

Lição 1 - O OFÍCIO DOS PROFETAS
Texto bíblico básico:

I.         Introdução: Confusão e ignorância  a respeito dos profetas.
            A.        Fontes da confusão:
            1.         Livros Proféticos
Os livros proféticos são a parte da Bíblia mais difícil de interpretar;
Os reis e oficiais, as guerras e a geografia em que ministraram são tão complexas que tornam um desafio manter o foco na interpretação.
            2.         A Igreja
As profecias do AT são as grandes fontes de confusão e desacordo (Ver por exemplo a questão das maldições);

            B.        Resultados de Confusão
                        1.         Vitimização espiritual e eclesiástica
Devido a estas confusões surgem no meio da igreja especialistas em profecía e doutrinas espúreas, que as usam como forma de manipulação e desvio da fé cristã. Muitos entram  em crise espiritual, baseando sua fé em bases enganosas.
                        2.         Apatia como leitores e fiéis
Devido a essas dificuldades, o “analfabetismo” da igreja em relação aos profetas é uma das maiores causas de suas fraquezas espirituais e bíblicas – não se consegue defender a fé. Por isso, desistem de conhecer a Bíblia.

II.        A Experiência de um Profeta
São três os mal-entendidos a respeito deste tópico.
A.        Estado Mental: Os profetas estão fora de si? O Espírito de Deus toma posse deles e são tomados por um estado febril?
            B.        Inspiração
                        1.         Inspiração Mecânica
Os profetas são meros instrumentos passivos da ação de Deus.
                        2.         Inspiração Orgânica
Cremos que o Espírito Santo os inspirou de tal forma que jamais poderiam errar.
Deus usou suas personalidade, pensamentos e formas e refletir de cada autor humano.
            C.        Compreensão
Os profetas tinham um conhecimento parcial, limitado, mas entendiam muito do que diziam.
Algumas passagens em que é comum mal-entendidos.
·        Daniel 12:8
·        1 Pedro 1:11
III.      Mensagem Original
·                                   Devemos submeter a nossa interpretação à autoridade do sentido original das passagens.
A.   Exegese Popular
1.         É comum os cristãos interpretarem o AT como uma coleção de predições vagamente conectadas. O contexto histórico deixa de ser considerado;
2.         A-histórica
Leitura sem preocupação com o contexto histórico do escritor e da audiência;
   B.     Exegese Apropriada
·                 Devemos aplicar às profecias o mesmo princípio que usamos em outras partes da Bíblia
·                 O significado original de uma profecia é descoberto analisando o contexto histórico e literário
IV.      As Perspectivas do NT
  A.        Autoridade
Jesus e os apóstolos mostraram que estavam convencidos da autoridade do AT. Mas não interprtaram do jeito que bem entendiam:
·         Atos 2:29-31 – Salmo 16
·         João 12:39-40

  B.        Aplicação
Cristo e os apóstolos estavam comprometidos em ver a profecia como uma ação de Deus no tempo e na história:
              1.         Expectativas Proféticas
Os profetas esperavam um tempo em que Deus consertaria todas as coisas.
Deus interviria no mundo e faria com que todas as coisas atingissem seu propósito final.
              2.         Cumprimentos Proféticos
O NT interpretava o AT vendo o cumprimento de tudo em Cristo. Interpretação cristocêntrica.
Os profetas fixaram que a trajetória da profecia seria expectação, tempo de grande juízo e benção futura.
·                 Expectação: o reino de Cristo hoje;
·                 Julgamento: o arrebatamento da igreja;
·                 Benção: após o juízo final;

V.        Aplicações
1.         Quando se trata dos profetas: Quais as razões de nossa confusão?
2.         Quais os resultados da confusão e como devemos respondê-la?
3.         Qual é o verdadeiro estado mental dos profetas?
4.         O que é uma interpretação errada e como é a correta?
5.         Como Jesus e os apóstolos interpretaram as profecias do AT?
6.         Usando a importância do sentido original, como devemos agir para aplicar as profecias do AT aos eventos de hoje?
7.         Qual é o ensinamento mais importante que podemos aprender com este assunto?

8.         Exercício: Como você interpreta este texto:




PARTE III

PARTE II ARTE II

PROFETAS BÍBLICOS
1.      Qualificações do profeta
Para alguém ser profeta de Deus, Deus tem que o ordenar e o ungir como profeta (Deut. 18:15). Isaías foi assim chamado e consagrado (Isaías 6), Jeremias foi assim ungido (Jer 1:5) e é assim que os do Novo Testamento que tinham esse nome foram chamados (Atos 13:1-5; Ef. 4:11).  É como o sacerdócio antigo, “ninguém toma para si esta honra” (Heb 5:4).
Os que são de Deus, fala o que Deus ordena, e só isso (Deut 18:18-22; I Cor 2:2; II Tim 4:2).  A prova que os profetas são verdadeiramente de Deus é pelo cumprimento de todas (100%) das suas profecias (Jer 28:9). 

2. Diferença dos profetas do Velho Testamento e do Novo Testamento
Os profetas do Velho Testamento eram em geral conhecidos pelo nome de vidente (I Sam 9:9; I Crôn 9:29).  A palavra “vidente” vem de uma palavra que significa ver, perceber ou olhar.  Este nome indica que a obra principal dos profetas do Velho Testamento era de consultar ao SENHOR pelo povo e, como vimos, de assessorar os reis e líderes (II Reis 3:11).
Na era apostólica, a obra principal era de falar da Palavra de Deus e ensiná-la (Efés 4:11-16; I Cor 2:2-10).  Olhando os usos da palavra “profeta” no NT,  podemos observar que das 66 vezes que  essa palavra é usada no Novo Testamento, só 4 delas se referem aos profetas propriamente do Novo Testamento (Atos 13:6; 21:10; I Cor 14:37; Tito  1:12).  Da palavra no plural, “profetas”, no Novo Testamento, há 87 usos, mas só 11 referem se aos profetas da era do Novo Testamento (Atos 11:27; 13:1; 15:32; 12:28,29: I Cor 14:29,32; Efés 2:20; 3:5; 4:11; I João 4:1).  Os outros usos das palavras “profeta” e “profetas” no Novo Testamento referem se aos profetas do Velho Testamento ou ao Messias, Jesus Cristo.  Tudo isso mostra,  na era apostólica, o ofício de “profeta” não era igual ao o do Velho Testamento. 

OBS: Na Bíblia, a palavra “profeta” pode referir se a profeta um de Deus, a um falso, a um pagão, a um homem ou à uma mulher.  A palavra “profetisa” é usada 8 vezes (Míriam, Êx. 15:20; Débora, Juízes 4:4; Hulda, II Reis 22:14; a falsa profetisa Noadia, Neemias 6:14; a esposa de Isaías, Isaías 8:3; e a mulher que diz profetisa, Jezabel, Apoc 2:20; Ana, Lucas 2:36.  Também há o caso de quatro virgens, filhas de Filipe, o evangelista, profetizando em Atos 21:9; cf. Joel 2:28). 

No Novo Testamento, a palavra “profeta” pode  referir se também aos apóstolos ou doutores (Atos 13:1; 15:32).  Nota a proximidade das duas palavras, apóstolos e doutores, nestes versículos: Atos 13:1; I Cor 12:28,29; Efés 4:11; II Ped 2:1 pois parecem que as duas palavras referem se ao mesmo ofício.

3.      A atualidade da profecia e a profecia da atualidade

A profecia, como foi operada no Velho Testamento, continuou só até João (Lucas 16:16). A profecia, como foi ocasionada no Novo Testamento, sofre de incompletude e deve se submeter aos ministérios da Igreja (I Cor 13:8-13; 14; Apoc. 22:18,19).   A exortação e a edificação da Palavra de Deus como a profecia exortava e edificava, continua até hoje (I Cor 14:1-4; Efés 2:20; 4:11-16).
Hoje temos tanto o Espírito Santo quanto a Palavra de Deus escrita. Agora o Espírito Santo testifica de Cristo pelas Escrituras (João 5:39).  Hoje, sabemos pelas Escrituras tudo o que foi profetizado (Rom 1:2).   Portanto, o profeta hoje é um instrumento para mostrar a validade, a importância e a relevância da Palavra de Deus na vida da igreja e das pessoas.
Deus ainda fala ao Seu povo.  A revelação completa de Deus pela qual Deus fala ao Seu povo é a Bíblia.  Deus fala a nós, nestes últimos dias, pelo Filho (Heb 1:1); e é a Escritura que testifica de Cristo (João 5:39; 20:31).  O Espírito Santo é presente hoje no mundo, e especialmente no crente (I Cor 6:19; II Cor 6:16; Atos 8:16), e é Ele que testifica de Cristo ensinando o povo de Deus pela Bíblia (João 14:26; 15:26; 16:7-10; I Cor 2:12,13). 

4.      Advertência com as profecias hoje
  No AT, quem profetizava sem autoridade de Deus era um falso profeta e devia ser morto (Deut 18:20).  De outra maneira, devemos dar maior respeito para os de Deus (I Crôn. 16:22; Heb 13:7,17).  
  Deus pode provar o Seu povo em enviar profetas que mentem (Deut 13:1-3; I Reis 12:2,23).  
  Nem tudo que vem com sinais tem a aprovação de Deus: Saul, I Sam 28:115; religiosos, Mat. 7:22; Mat. 24:24; Balaão, II Ped 2:15; Judas 1:11 (Num 22; 31:16).  
  Jesus já nos avisou da presença dos falsos profetas (Mat. 7:15; 24:11).  Por não vir de Deus todos os espíritos, nós devemos prová-los para saber quais vem de dEle (I João 4:1-6).  O que pode ser dito do futuro que não concerne o reino de Deus ou a salvação não deve ser dado importância (Mat. 6:31-34).  

 Podemos perguntar quando escutamos uma profecia hoje: Isto tem concordância com a Escritura?  Isto me ajuda obedecer melhor a Palavra de Deus?   Se a resposta for negativa, não devemos dar nenhuma atenção a ela.

A pedra de toque a profecia hoje é a obra redentora de Jesus: toda profecia deve ser uma palavra de:

a)     Convencimento do Pecado,  da Justiça, e do Juízo para o descrente (Jo. 15:5...);
b)     Edificação, exortação e consolação para crente.
c)     Deve produzir arrependimento e transformação.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

João 3

João 3
1: Nascer de Deus
2: Nascer do Espírito
3: Ser Espiritual
4:Ser Amado
5:Não ser condenado
“Ser de Jesus não é uma decisão institucional, nem controlada por homens. Converter-se é uma experiência que não pertence aos moldes deste mundo.”


Observe a beleza desta imagem, onde o ser, o sujeito o homem, num gesto espiritual, confunde-se com a magnitude do vento:




Ninguém como Você! Esboço para celebrar uma relação!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Crise de Amor na Contemporaneidade

Identidade: uma teologia ( uma pregação mista: temática/expositiva)

A teologia da identidade do cristão baseia-se totalmente na redenção em Cristo.
Textos bíblicos básicos: II Cor. 5:16-17 e I Coríntios 15:9-10
1. Nossa identidade natural é formada, segundo as ciências humanas, a partir de quatro elementos:

  • Carga genética;
  • Memórias e história pessoal
  • A imagem pública
  • E auto imagem: o que eu faço para minha consciência organizar tudo isso...
Uma identidade saudável é o centro protetor do ser humano.
2. Essa identidade é forjada pelo ato criador de Deus, mas distorcida e manchada pela queda;
3. A identidade forjada a partir da Redenção é deslocada, não tem como centro o "eu", mas Jesus Cristo:
Exemplos Udson Taylor e Saulo de Tarso
Exposição de Atos 9:1-15 (ver as referências paulinas desse fato)
4. A consequencia direta dessa nova identidade em Cristo é que sua história não é mais resultado do processo pecaminoso (memórias e traumas, complexos e fracassos, egoísmo e pecado), mas da ação salvífica e escatológica de Deus:
"O futuro não vem do que foi e é, mas da esfera do que ainda não é" Moltamnn
5. Outros exemplos Abraão e Sara (Rom. 4:16-19), Mulher encurvada, os discípulos pescadores de homens...
Conclusão: "Converter-se a Cristo não é somente uma mudança de rota, mas de coração...é mais que frequentar culto, e participar dos rituais do batismo e da ceia, mas é a participação da história de Deus, da vida e da memória de Deus!"

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Como Evitar Desequilíbrios Espirituais


File:ArthurPink.jpg
Arthur W. Pink 

(A mensagem original é "Como evitar desequilíbrios religiosos")
Vigilância, oração, autodisciplina e aquiescência inteligente aos propósitos de Deus são indispensáveis para qualquer progresso real na santidade. Existem certas áreas de nossas vidas em que os nossos esforços para sermos corretos nos podem conduzir ao erro, a um erro tão grande que leva à própria deformação espiritual. Por exemplo:

1. Quando, em nossa determinação de nos tornarmos ousados, nos tornamos atrevidos. Coragem e mansidão são qualidades compatíveis; ambas eram encontradas em perfeitas proporções em Cristo, e ambas brilharam esplendidamente na confrontação com os seus adversários. Pedro, diante do sinédrio, e Paulo, diante do rei Ágripa, demonstraram ambas essas qualidades, ainda que noutra ocasião, quando a ousadia de Paulo temporariamente perdeu o seu amor e se tornou carnal, ele houvesse dito ao sumo sacerdote: "Deus há de ferir-te, parede branqueada". No entanto, deve-se dar um crédito ao apóstolo, quando, ao perceber o que havia feito, desculpou-se imediatamente (At 23.1-5).

2. Quando, em nosso desejo de sermos francos, tornamo-nos rudes.Candura sem aspereza sempre se encontrou no homem Cristo Jesus. O crente que se vangloria de sempre chamar de ferro o que é de ferro, acabará chamando tudo pelo nome de ferro. Até o fogoso Pedro aprendeu que o amor não deixa escapar da boca tudo quanto sabe (1 Pe 4.8).

3. Quando, em nossos esforços para sermos vigilantes, ficamos a suspeitar de todos. Posto que há muitos adversários, somos tentados a ver inimigos onde nenhum deles existe. Por causa do conflito com o erro, tendemos a desenvolver um espírito de hostilidade para com todos quantos discordam de nós em qualquer coisa. Satanás pouco se importa se seguimos uma doutrina falsa ou se meramente nos tornamos amargos. Pois em ambos os casos ele sai vencedor.

4. Quando tentamos ser sérios e nos tornamos sombrios. Os santos sempre foram pessoas sérias, mas a melancolia é um defeito de caráter e jamais deveria ser mesclada com a piedade. A melancolia religiosa pode indicar a presença de incredulidade ou pecado, e, se deixarmos que tal melancolia prossiga por muito tempo, pode conduzir a graves perturbações mentais. A alegria é a grande terapia da mente. "Alegrai-vos sempre no Senhor" ( Fp 4.4).

5. Quando tencionamos ser conscienciosos e nos tornamos escrupulosos em demasia. Se o diabo não puder destruir a consciência, seus esforços se concentrarão na tentativa de enfermá-la. Conheço crentes que vivem em um estado de angústia permanente, temendo que venham a desagradar a Deus. Seu mundo de atos permitidos se torna mais e mais estreito, até que finalmente temem atirar-se nas atividades comuns da vida. E ainda acreditam que essa auto-tortura é uma prova de piedade.

Enquanto os filósofos religiosos buscam corrigir essa assimetria (que é comum à toda raça humana), pregando o "meio-termo áureo", o cristianismo oferece um remédio muito mais eficaz. O cristianismo, estando de pleno acordo com todos os fatos da existência, leva em consideração este desequilíbrio moral da vida humana, e o medicamento que oferece não é uma nova filosofia, e sim uma nova vida. O ideal aspirado pelo crente não consiste em andar pelo caminho perfeito, mas em ser conformado à imagem de Cristo.

Fonte: Fiel.com.br